sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O que você faz com as coisas em que acredita?

Não as que pesquisou, entendeu, pós-graduou e concluiu, mas as mais simples. Aquelas em que acredita porque sente e, sentindo, simplesmente sabe. O que você faz com elas? Se mesmo querendo gritar, você mal consegue falar a respeito sem parecer lugar comum. Sem ser vista como ingênua. Sem ter que entrar no jogo e discutir as regras para pelo menos parecer razoável, maleável, aberta a tudo aquilo que, no fundo, você nem precisava ouvir. O que você faz?
O que você faz se em um minuto o assunto acaba e tem alguma coisa mais importante passando na TV? Se discutir o seu jeito de pensar é uma concessão e discutir o resto é entender como o mundo funciona. O que você faz se para você não funciona?
O que você faz se o recipiente em que você resolveu guardar tudo, mais perto do cérebro que do coração, de repente transborda? E você não tem mais onde guardar. Como você faz para largar tanto pensamento solto, para ignorar, para deixar, para esquecer; como você faz para passar ou para nem perceber?
O que você faz com aquela lágrima quente que sobe pela sua garganta, domina seu olho e de repente despenca pelo seu rosto antes que você culpe o cisco? O que você faz com essa imagem toda embaçada? E com a noite lá fora? E com o travesseiro aqui dentro? O que você faz com esses momentos raros e ruins em que as coisas realmente importam?

Um comentário:

Renata Gervatauskas disse...

ah, ká... eu durmo. no dia seguinte, tudo parece menos complicado.

beijos e força, querida.