Quantas vezes e quantas pessoas. Incontáveis. Todas passando pela nossa vida, ganhando e perdendo importância, indo e vindo. E naquele dia de sol ou de chuva, depois de pouco ou de muito tempo, trombamos de novo com aquele alguém. Que não chegou a fazer falta, mas também não foi excluído de nossos pensamentos. Esteve ali. Talvez não com força suficiente para gerar uma ligação e muito menos uma visita; mas longe de ter se perdido.
- Quanto tempo! Como estão as coisas? Nossa, o que você faz por aqui? Que bom te encontrar, que surpresa...
Muita comoção e pouco assunto. Claro, já faz tempo. E as coisas andam corridas. Ô, se andam. Mas enquanto tem trabalho, está bom, né??
Pois é. A conversa não acrescenta nada, mas também não podia deixar de acontecer. Fingir que não viu? Indecente. Cumprimentar de longe e passar batido? Falta de educação. Resta então aquele meio-termo. E meio-termo, por definição, é sempre frouxo.
Vem o final da conversa, pior parte. Se não abrir o semáforo, o celular não tocar ou não chegar a vez na fila do banco, um dos lados inevitavelmente vai encerrar o papo. E, para isso, vale qualquer desculpa: de mamadeira no fogo a horário no podólogo.
- Deixa eu ir que estou em cima da hora.
- Vai lá, a gente se encontra outra hora com mais tempo.
- Claro, a gente marca.
Ô se marca.
2 comentários:
Vamos marcar alguma coisa, com certeza, é só ver um dia, ótimo, a gente vê então... hehehehe
Postar um comentário