Eu gosto de pessoas que são involuntariamente fofas. Como meu vizinho, um senhor grisalho que quando cumprimenta te olha nos olhos, pergunta como está e espera de verdade a resposta. Vez ou outra elogia, sempre com respeito e sinceridade. Aliás, a primeira vez que notei seu dom de ser fofo foi assim: quando saía de casa, ele dizia à minha faxineira que ela estava bonita com aquela roupa e que era sempre muito simpática. Nunca tinha visto uma pessoa negra ficar avermelhada, mas adorei o sorriso sem graça e orgulhoso que ela não conseguiu esconder. Desde então, sempre que encontro com ele de manhã, sei que é o início de um bom dia.
Nessa última vez, segurei a porta do elevador enquanto ele se despedia da esposa. Ele agradeceu e emendou algum comentário sobre o início da semana – sem saber que eu estou desempregada e os dias agora têm o mesmo peso. Apertou o botão para descer, conferiu se tinha tudo de importante em mãos e não disse muita coisa, mas sorriu. E antes de sair pela porta, me deixou seu “Que você tenha um dia feliz”. Sorri de volta e desejei o mesmo, de coração. Agora não era só um bom dia pela frente, mas sim aquele dia: feliz.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Conversa de elevador.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Feliz festa-surpresa.
Desde que aprendi que não dá para ser boazinha sempre, passei a me surpreender muito mais com a bondade das outras pessoas. Até com as mais próximas.
Saí da aula de dança um pouco impaciente com a chatice alheia, mas no caminho de casa resolvi deixar o assunto de lado e aproveitar o final do dia. Que fosse só vendo TV com o Fá e já estava ótimo para os meus planos de aniversário nada pretensiosos.
Entrei em casa esperando só a minha casa e um Fá de sempre no sofá novo. Mas dei de cara com a mesa afastada, sanduíches de metro e, antes que eu raciocinasse melhor, uma multidão (pelo tamanho do apartamento parecia mesmo) de pessoas queridas cantando parabéns.
Pasmei. Minha primeira festa-surpresa. Todas aquelas pessoas fora de casa, em plena segunda-feira, mais de 10 horas da noite, só para me fazer feliz (e ver minha cara de tonta, claro). Isso é muita coisa em tempos que se dá parabéns pelo orkut.
Fofos, um por um.
Demorei para dormir repassando a festinha na cabeça. Carinho nas costas do Fá o máximo que agüentei, até doer o braço. E ainda acho que foi pouco.
Saí da aula de dança um pouco impaciente com a chatice alheia, mas no caminho de casa resolvi deixar o assunto de lado e aproveitar o final do dia. Que fosse só vendo TV com o Fá e já estava ótimo para os meus planos de aniversário nada pretensiosos.
Entrei em casa esperando só a minha casa e um Fá de sempre no sofá novo. Mas dei de cara com a mesa afastada, sanduíches de metro e, antes que eu raciocinasse melhor, uma multidão (pelo tamanho do apartamento parecia mesmo) de pessoas queridas cantando parabéns.
Pasmei. Minha primeira festa-surpresa. Todas aquelas pessoas fora de casa, em plena segunda-feira, mais de 10 horas da noite, só para me fazer feliz (e ver minha cara de tonta, claro). Isso é muita coisa em tempos que se dá parabéns pelo orkut.
Fofos, um por um.
Demorei para dormir repassando a festinha na cabeça. Carinho nas costas do Fá o máximo que agüentei, até doer o braço. E ainda acho que foi pouco.
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